Cooperados participam de mais uma Assembleia da Castrolanda

Cooperados participam de mais uma Assembleia da Castrolanda

Diretoria reunida no Memorial da Imigração Holandesa apresenta resultados de 2013, apresenta novos integrantes, novo conselho fiscal e registra homenagens.

Na sexta-feira (21/02) cooperados da Castrolanda aprovaram os resultados de 2013, a nova Diretoria e também o Conselho Fiscal em Assembleia Geral Ordinária, realizada no Memorial da Imigração Holandesa (Castrolanda). Na oportunidade também forma homenageados cooperados que completaram 30, 40 e 50 anos de sócios da Castrolanda.

De acordo com o relatório anual, publicado na página da Castrolanda na internet, em 2013 a Castrolanda alcançou um faturamento de R$ 1.7 bilhões. Cresceu 11% em relação ao ano anterior. Os produtos mais representativos foram novamente os lácteos e soja, que concentram 47,5% do movimento.

NOVA DIRETORIA – Frans Borg, Willem Berend Bouwman e Mario de Araújo Barbosa foram eleitos na Diretoria Executiva da Castrolanda. Como Diretores Vogais estão os cooperados Richard Borg, Peter Greidanus, Elizete Telles Petter e Jan Ate de Jager. É a 1ª vez que uma mulher participa com o cargo na Diretoria entre os Conselheiros na Castrolanda. "É uma satisfação quando você tem um grupo de pessoas trabalhando em prol do bem comum, todos na mesma direção para o bem de nossa sociedade. Com certeza tivemos na última composição da Diretoria, um grupo que se dedicou muito pela Cooperativa, nós agradecemos e ao novo Conselho, agora com uma mulher entre o grupo, nós desejamos as boas vindas e que possamos fortalecer as nossas ações e contribuir para o desenvolvimento da nossa Cooperativa", disse o presidente Frans Borg.

CONSELHO FISCAL – Como membros titulares do Conselho Fiscal foram eleitos os cooperados Claudio H. Kugler, Mark A. Harvey e Henk B. Kassies. Entre os membros suplentes estão Guilherme Kugler Filho, Albert Barkema e Armando Rabbers.

O Conselho de Administração eleito terá mandato de três anos e o Conselho Fiscal terá mandato de um ano.

PRINCIPAIS NÚMEROS

Movimento bruto  R$ 1.714.915 mil
Patrimônio líquido  R$ 571.583 mil
Capital Social  R$ 130.092 mil
Reservas  R$ 377.361 mil
Capacidade estática de armazenagem  488.303 t
Número de cooperados  782
Número de colaboradores  961

PRODUÇÃO

Grãos  487.158 t
Sementes  20.891 t
Leite  239.291 l/mil
Suínos  35.617 t
Fábrica de Ração Castro  276.228 t
Fábrica de Ração Piraí do Sul  228.218 t
Batata semente  8.522 t
Batata Consumo  44.093 t

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Diretoria Executiva  
Diretor Presidente  Frans Borg
Diretor Vice- Presidente  Willem Berend Bouwman
Diretor Secretário  Mário de Araújo Barbosa
Diretores Vogais  
Richard Borg  
Peter Greidanus  
Elizete Telles Petter  
Jan Ate de Jager  

CONSELHO FISCAL

Membros titulares
Cláudio H. Kugler
Mark A. Harvey
Henk B. Kassies
Membros Suplentes
Guilherme Kugler Filho
Albert R. Barkema
Armando Rabbers

RELATÓRIO ANUAL – Mensagem da Diretoria
Senhores cooperados:
Apresentamos a seguir a mensagem de prestação de contas da Administração, relativamente ao ano de 2013, abordando aspectos mercadológicos nas áreas em que atuamos, investimentos, ações da gestão, desempenho e perspectivas para o ano de 2014.

RETROSPECTIVA DO ANO
O ano de 2013 foi marcado por uma forte desvalorização do real, com atuações frequentes do Banco Central no mercado de câmbio, tendo a moeda americana acumulada uma variação de 15,11%, a maior desde 2008. Outras medidas foram adotadas na tentativa de conter a alta do dólar, porém sem muito efeito prático. A dívida pública aumentou em 5,7% e o país interrompeu a sua trajetória de acúmulo de reservas cambiais que já durava mais de uma década, perdendo US$ 5,9 bilhões no ano. Outro fator importante que preocupa o governo e a economia em geral é a escalada inflacionária. Em 2013, os consumidores brasileiros viram os preços dos produtos e serviços subirem mais que no ano anterior, fechando a inflação oficial em 5,91%, com um crescimento de 2,3% do PIB ante uma previsão de 5 a 6%.

Se os fundamentos macro econômicos brasileiros não foram tão bem, o mesmo não podemos dizer em relação aos negócios da cooperativa, seus produtores e o mercado das commodities. Registramos um incremento de 18% na produção da soja, com preços médios 8% superiores em relação ao ano anterior. O preço médio recebido pela saca de trigo comercializado em 2013 foi 39% superior em relação a 2012 e a produção de feijão foi comercializada em níveis de preços recordes. A produção de leite da Castrolanda aumentou 7,7% em volume, com um acréscimo de preços médios de 16,4%, quando comparados com os preços médios do ano anterior. Com relação ao mercado da carne suína, observamos um reajuste de preços médios da ordem 25%, quando comparados com o ano de 2.012.

Infelizmente, na área de atuação da cooperativa, vimos à área e preços de milho decrescentes, fruto da política atual do Governo voltada ao apoio à produção do centro oeste brasileiro e de áreas de safrinha que são pouco representativas na cooperativa. De fato, nessa cultura temos perdido competitividade em relação a outras regiões produtoras.

DESEMPENHO ECONÔMICO
As ações de gestão, em estrita observância às linhas orçamentárias e as estratégias da cooperativa permitiram-nos alcançar mais uma vez números consistentes, crescendo com sustentabilidade e rentabilidade, sendo destacados os seguintes pontos:
• Faturamento: O movimento bruto da cooperativa em 2.013 montou em R$ 1,7 bilhões, 11,1% superior ao período imediatamente anterior. Os produtos mais representativos foram novamente os lácteos e a soja, que concentram 47,5% do movimento;
• Sobras líquidas: As sobras líquidas do exercício atingiram R$ 78,9 milhões, o que representa 4,7% da receita líquida da cooperativa e 8,2% superior em relação ao ano anterior;
• Indicadores de performance: Mesmo com os bons resultados colhidos e a geração de caixa da área industrial, devido aos projetos de investimentos da agroindústria tivemos um ligeiro declínio nos principais indicadores econômico financeiros, devendo essa tendência ser revertida a partir de 2016;
• Geração de caixa: Durante o ano foram houve um incremento de R$ 4,4 mi., representados em grande parte pela transferência de ações recebidas da empresa Eletrogeração e também adquiridas durante o ano;
• Investimentos: Dando sequência ao plano de investimentos da cooperativa, no grupo de imobilizado houve um incremento de R$ 70 mi., sendo os mais significativos, R$ 14 mi., investidos na Unidade de Negócios Feijão, R$ 11,2 mi., na Unidade Industrial de Carnes e R$ 9,5 mi., na Unidade de Itaberá II (grãos);
• Imobilizado: Dando sequência ao plano de investimentos da cooperativa, nesse grupo houve um incremento de R$ 185 milhões, sendo os mais significativos, R$ 79 milhões, investidos na Unidade Industrial de Carnes, R$ 65 milhões, na Unidade de Beneficiamento de Leite de Itapetininga – SP, R$ 7 milhões, na Unidade de Beneficiamento de Sementes da Matriz e R$ 5,7 milhões, investidos em melhorias na Unidade de Beneficiamento de Leite da matriz;
• Capitalização: Por sua vez, o capital próprio da cooperativa aumentou em R$ 105,7 milhões, incrementado também pela Intercooperação, correspondendo a uma variação de 22,6%, quando comparado com os números de dezembro de 2012;
• Devoluções aos Cooperados: Em bonificações de sementes, foram distribuídos, R$ 2,3 milhões, relativamente às sementes de soja e trigo, sobras técnicas, de R$ 6,6 milhões, correspondentes aos produtos soja, milho, trigo e feijão, em remuneração de capital social, R$ 5,1 milhões, e em distribuição em espécie, R$ 21,3 milhões, gerados pelos setores FIA (Fornecimento de Insumos Agrícolas), Sementes, Fábrica de Rações, Loja Agropecuária e U.B.L (Usina de Beneficiamento de Leite), totalizando então R$ 35,3 milhões em distribuição aos cooperados, sendo 8,2% superior às sobras do exercício anterior;

RECONHECIMENTO
Em 2.013, a Cooperativa Castrolanda recebeu o prêmio Sescoop "Excelência de Gestão", promovido pela O.C.B. (Organizações das Cooperativas Brasileiras) e apoiado pela FNQ (Fundação Nacional da Qualidade), considerado um referencial importante no meio cooperativista e principalmente para a Castrolanda que procura aplicar as melhores técnicas de gestão em consonância com a visão declarada no seu planejamento estratégico.

Vale destacar que o prêmio de gestão vem reafirmar a importância do trabalho integrado entre o Conselho Estratégico, os cooperados e os colaboradores da Cooperativa. Essa é a essência dessa conquista.

PROJETOS DESENVOLVIDOS NO ANO
Ainda em 2013, alguns projetos merecem destaques, sendo:
• S.G.I. – Sistema de Gestão Integrado, da qualidade, segurança e meio ambiente, que objetiva criar uma estrutura específica de gestão, capaz de dar vazão aos programas, envolvendo o planejamento estratégico, conhecimento multidisciplinar, identificação de todos os processos da organização, dos impactos e riscos pertinentes a todas as Unidades Estratégicas de Negócios da Castrolanda, em atendimento ao conjunto de normativos aplicáveis envolvendo as áreas de meio ambiente, qualidade e segurança;
• Assessoria de Cooperativismo/Formação do 1º. Programa de Desenvolvimento de Lideranças Feminino – Com grata satisfação concluímos a formação da primeira turma do projeto de desenvolvimento de lideranças das mulheres cooperativistas. Estamos estruturando a área de Assessoria de Cooperativismo que apoiará permanentemente as lideranças, com um trabalho importante que visa integrar além das mulheres, as crianças e jovens cooperativistas.

PERSPECTIVAS PARA O ANO DE 2014
O ano de 2014 será desafiador para os países em desenvolvimento como o Brasil, com tendência de inflação, desaceleração econômica e deterioração fiscal a ser agravada pelo processo eleitoral. As projeções para o Brasil apontam para um crescimento de 2,5%, de acordo com o Banco Central.

De acordo com o relatório do Rabobank, o cenário macroeconômico para 2014 sugere uma recuperação gradativa da economia global, com pressão altista no câmbio. Na área de fertilizantes a perspectiva é que os preços em 2014 continuem estáveis no primeiro semestre, mesmo após a forte queda nas cotações internacionais. Na soja, o cenário interno e externo sugere que os preços internacionais se mantenham em patamares inferiores aos registrados em 2013, porém com margens positivas, apesar do aumento da pressão de custos de produção. No milho, tanto no cenário interno quanto no cenário internacional espera-se um aumento dos estoques e pressão baixista nos preços. No leite, as expectativas de menor crescimento da economia e pressões inflacionárias poderão limitar o aumento da demanda. Já no mercado global, o setor deve continuar vivendo bons momentos em termos de rentabilidade, resultado dos elevados preços pagos ao produtor, da queda nos custos e da estabilidade da demanda. No mercado doméstico, os preços ao produtor em 2014 devem apresentar tendência de queda em comparação com 2013, considerando as projeções de demanda e oferta. Os derivados lácteos, de forma geral, também devem apresentar preços inferiores aos observados no terceiro trimestre de 2013.

A rentabilidade dos produtores de leite no Brasil e nos principais mercados produtores deve manter-se em patamares relativamente atrativos em 2014, seguindo as perspectivas de menores custos da ração. A indústria brasileira deve sustentar as margens de 2013, com potencial de aumento em caso de retração no preço do leite pago ao produtor. Os preços dos derivados, por sua vez, parecem ter pouco espaço para reduções significativas.

Para a carne suína, as perspectivas são otimistas, com movimentos que o setor está desenvolvendo visando o aumento do consumo interno e aposta no aumento da produção a ser destinada à exportação, principalmente para países como o Japão. O ciclo de rentabilidade no segundo semestre de 2013, deve se estender para o ano de 2014, se considerarmos também a previsão de redução no custo com as rações.

INTERCOOPERAÇÃO
O movimento da Intercooperação que temos presenciado também merece destaque, quer seja pelo grau de maturidade com que as ações têm sido conduzidas ou mesmo pela geração de confiança, tão necessária ao êxito destas parcerias e sucesso dos negócios. No leite, suínos e trigo temos avançado muito no âmbito das cooperativas ABC e devemos avançar rapidamente no exercício de 2014. Na área dos fertilizantes temos percebido a força que o sistema COONAGRO representa no mercado, enfim nos demais acordos operacionais firmados pela cooperativa percebemos que as ações no campo da "Intercooperação" vem ganhando impulso, consolidando uma forma de associativismo bem sucedida. Torcemos para que haja cada vez mais essa maturidade e a consciência de reconstruirmos o sistema cooperativista.

INVESTIMENTOS PARA 2014
Em 2.014 deveremos estar consolidando importantes investimentos, na sua grande maioria já iniciados e com previsão de funcionamento a partir do mês de abril:
• SEGUNDA FASE DO CENTRO DE EVENTOS, com a construção de mais 10 casas holandesas e o pavilhão multiuso;
• NOVA SEDE ADMINISTRATIVA, com projeto em aprovação e previsão de início ainda no segundo semestre de 2.014;
• UNIDADE LAVADORA DE BATATAS, com projeto em andamento com previsão de inicio no segundo semestre de 2014;
• U.B.S. (Unidade de Beneficiamento de Semente) em Itaberá – SP, com projeto em fase final de estudo e previsão de inicio das obras no segundo semestre.
• U.B.L. (Unidade de Beneficiamento de Leite) de Itapetininga, com investimento complementar de R$ 42 milhões, no âmbito da Intercooperação ABC;
• U.I.C. (Unidade Industrial de Carnes), com investimento complementar de R$ 128 milhões, também no âmbito da Intercooperação ABC; Estes dois últimos investimentos totalizam R$ 170 milhões e são compartilhados com as cooperativas Batavo e Capal.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
As mudanças climáticas que temos observado ao redor do mundo têm nos preocupado muito. São temperaturas extremas, tanto do lado do calor quanto do frio, com a falta de precipitação de chuvas e incêndios florestais de um lado e enchentes de outro lado do planeta, tudo isso acontecendo ao mesmo tempo. Deveremos estar atentos a estes fenômenos naturais, os impactos na área produtiva, sobretudo com relação a uma provável quebra de safra na colheita de soja e feijão. Devemos avançar mais na área de planejamento da produção, estar mais munidos de dados meteorológicos, de mecanismos de proteção aos riscos de produção.

Agradecimento
Ao final de mais um mandato, gostaríamos primeiramente de agradecer ao Criador, por tantas bênçãos recebidas com os frutos colhidos do trabalho dos nossos produtores.

Gostaríamos ainda de agradecer aos companheiros da formação atual do Conselho de Administração pelo profissionalismo, dedicação e comprometimento com a gestão. Da mesma forma gostaríamos de dar as boas-vindas aos Conselheiros que serão eleitos, desejando que todos possam se empenhar ao máximo para continuar a conduzir a nossa Cooperativa pelo caminho do crescimento sustentável.

Aproveitamos o ensejo para agradecer a confiança em nós depositada e o resultado das avaliações conforme pesquisa de satisfação realizada através da empresa Siqueira Campos, onde obtivemos 91% de aprovação na satisfação com cooperados, 93% com clientes, e 96% com fornecedores.

O CONSELHO