Notícia Publicada em: G1
Cidade dos Campos Gerais do Paraná quer aumentar qualidade do leite produzido e melhorar trabalho dos produtores. Município produz cinco vezes a mais que a média nacional.
Castro, que fica na região dos Campos Gerais do Paraná, chegou ao topo do ranking nacional de produção leiteira. Com isso, a cidade ganhou o título de capital do leite. Atualmente, a cidade investe em tecnologia para manter a produção.
A conquista do título de capital nacional do leite começou há 70 anos, com a família do produtor Armando Rabbers. Os pais dele vieram da Europa para o Paraná.
“Meu pai, quando veio da Holanda, ordenhava leite manualmente e tinha horário para deixar na banca da estrada. Se perdesse esse horário, ele perdia a produção. Hoje, temos resfriador para gelar o leite até o caminhão vir buscar”, lembrou.
Atualmente, o produtor vê na tecnologia um meio para facilitar o trabalho do dia-a-dia e aumentar a qualidade do leite consumido.
Rabbers investiu em tecnologia de ponta. Trouxe para a propriedade o primeiro sistema robotizado da América Latina: a ordenha voluntária. Oito anos depois de ter adquirido a inovação, ele colhe os resultados no aumento da produtividade.
Na propriedade, são produzidos cerca de 5.500 litros de leite, por dia, com a ajuda da ordenha voluntária. O sistema funciona 24 horas por dia e é todo automatizado.
Boa parte do trabalho é feita por um braço hidráulico. Cada vaca é identificada pelo computador, que aponta todas as informações sobre o animal, inclusive a quantidade de leite produzido. Em média, são de duas a três ordenhas por dia.
“A importância da ordenha robótica é principalmente para o bem-estar animal e também do colaborador, porque não tem mais aquelas horas fixas para ele fazer a ordenha”, disse o produtor.
Cooperativismo e inovação
A propriedade de Rabbers é apenas uma das 340 da cidade que fazem parte da cooperativa Castrolanda. De acordo com o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), de 2019 para 2020, houve aumento de quase 12% na produção leiteira dos Campos Gerais.
O engenheiro agrônomo do Deral, Gil Oliveira da Costa Junior, aponta alguns fatores que ajudaram na construção deste crescimento.
“A genética dos animais da região é muito importante. A questão do manejo, trabalhar com pastos de qualidade, também faz a diferença”, disse.