Notícia Publicada em: Suinocultura Industrial
Com a menor demanda interna pelo produto, a empresa investiu forte no comércio internacional, com vendas principalmente para o Sudeste Asiático
A Alegra, indústria de alimentos derivados da carne suína, obteve no mercado externo a principal alternativa para suprir a queda de demanda doméstica pelo produto suíno. Com queda de 30% no mercado interno, a solução foi buscar os embarques como solução. “Em abril, nós perdemos 30% do mercado interno, nacional. Para reorganizar, direcionamos mais volume para a exportação e, ao fim do mês, ficamos somente 7% abaixo do total de faturamento”, explica o superintendente da Alegra Matthias Rainer Tigges.
Dentre os países que compram mercadoria da indústria paranaense, Hong Kong, Singapura e Vietnã estão entre os cinco maiores compradores do Brasil, de acordo com a ABPA. Até o momento, em 2020, os países foram responsáveis pela importação 143,1 mil toneladas (Hong Kong), 45,5 mil toneladas (Singapura) e 36,9 mil toneladas (Vietnã) da carne suína brasileira. “Os principais mercados compradores da Alegra, atualmente, são Hong Kong, com 40% do volume de exportação, Vietnã, com 26%, e Singapura, com 17%. Além deles, mais de 30 países estão na nossa lista de exportação, muitos deles nos Emirados Árabes, África e América do Sul”, conta Tigges.
A indústria de alimentos Alegra é a união das cooperativas de origem holandesa, Frísia, Castrolanda e Capal, que constituem o grupo Unium. Uma empresa que combina condições de trabalho ideais aliando tecnologia, equipamentos de última geração, preocupação com o bem-estar dos animais e sustentabilidade em seu parque industrial, sempre primando pela excelência em seu produto final, que utiliza as melhores carnes suínas.
Atualmente, a Alegra conta com um volume de produção de 9 mil toneladas e certificação para o abate de 3500 suínos por dia. Ao todo, são 1660 colaboradores diretos, além de 118 cooperados, que fornecem a matéria-prima para a produção da indústria.
Em 2017, a marca conquistou o reconhecimento internacional quanto às Práticas de Bem- estar Animal no abate, tornando-se a primeira planta brasileira a receber essa certificação em bem-estar suíno, pela WQS.
Exportações brasileiras e paranaenses
A pandemia da Covid-19 trouxe para o setor alimentício, o desafio da realocação de vendas e destino de produtos. Com uma alta de 40,4%, a exportação de carne suína foi uma das soluções encontradas pelas indústrias para manter os rendimentos. Foram 853,4 mil toneladas que seguiram rumo a outros países, de acordo com levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O estado do Paraná, ainda de acordo com a Associação, figurou no terceiro lugar em volume de exportação de carne suína, totalizando 117,4 mil toneladas nos 10 primeiros meses de 2020. Os primeiros postos ficaram com o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Para Matthias, a indústria paranaense ainda tem desafios a serem superados para subir no ranking. “Um dos desafios da exportação de carne suína do Paraná é a certificação internacional de estado livre de aftosa. O reconhecimento global da erradicação da aftosa no nosso estado abriria portas para a exportação para outros continentes e aumentaria as possibilidades de crescimento das indústrias paranaenses.